É BOM PORQUE
Este livro tirou-me o fôlego e foi uma leitura que não consegui pousar e que traz uma grande saga familiar italiana desde a juventude de Marisa nos anos 50 até aos acontecimentos que a levam a casar com Stelvio e a vida que os dois constroem. A história gira em torno de algo que o leitor já sabe — a filha deles de 16 anos morreu de forma violenta, mas é a partir desta dor que vamos conhecer um leque de personagens inesquecíveis, é um livro sobre perda, luto, solidão, o trauma de viver com um segredo avassalador e uma culpa que corrói, mas também esperança, sobre encontrar um pouco de luz quando estamos cobertos de escuridão. Quando terminei, não sabia se tinha acabado o livro ou se o livro é que tinha acabado comigo, é realmente uma leitura arrebatadora.
Toda a vida que resta de Roberta Recchia
PONTOS A FAVOR
🗣️ Incentivo ao diálogo: trauma, luto, família
😍 Grande saga familiar
📺 Leitura galopante
🇮🇹 Autora italiana
SINOPSE
Toda a vida que resta é um romance precioso e íntimo, que explora os mecanismos da vergonha e do luto, mas sobretudo do carinho e do cuidado, trazendo-os à tona com uma delicadeza surpreendente.
No encantador cenário de Roma dos anos 50, Marisa e Stelvio apaixonam-se e constroem uma família com muito amor, a lembrar os clássicos do cinema a preto e branco. Mas o seu mundo é arrasado por uma tragédia: a sua amada filha Betta, de 16 anos, é assassinada.Todos perdem o chão. O carinho e a cumplicidade desaparecem e fica apenas a dor e a mágoa por uma filha que se perdeu para sempre.
Miriam, a prima tímida e introvertida de Betta, não só presenciou a sua morte, como também ela foi, nesse dia, vítima de uma violência indescritível. Mas carregou sozinha o fardo desse terrível segredo.Quando julgava ser incapaz de continuar, encontra Leo, um jovem dos subúrbios, que traz uma nova luz à sua vida: o início de um amor que irrompe onde ninguém ousara olhar.