É BOM PORQUE
É um livro absolutamente original que não consegui parar de ler porque estava agarrada à história e a antecipar o desfecho. A premissa é insólita: um dia Lauren chega a casa e tem um marido à espera dela. Mas Lauren não é casada nem nunca viu aquele homem. Sempre que um marido sobe ao sotão, desce outro no seu lugar e a vida de Lauren muda novamente. Meio fantasia, meio realismo mágico, meio nem sei bem o que lhe chame, este livro acaba por nos fazer refletir no paradoxo da escolha: quantos mais maridos aparecem, menos satisfeita Lauren vai ficando e quando tantas pessoas diferentes lhe oferecem tantas coisas diferentes, como é que ela se vai acomodar? Quando há uma pontada de insatisfação, por que não ver quem é o próximo? Senti que este livro era também uma crítica ao mundo em que vivemos onde as relações são voláteis e as aplicações dão-nos a ideia de haver um número sem fim de pessoas melhores à nossa espera. É um livro também com bastante sentido de humor e as peripécias que a Lauren vive fazem-nos devorar esta história até percebermos o que irá acontecer no fim. Adorei!
Os Maridos de Holly Gramazio
PONTOS A FAVOR
🗣️ Incentivo ao diálogo: paradoxo da escolha, relações, crítica social
✨ Meio realismo mágico
🤯 203 maridos!!!
🥲 Arrebatador e emocionante
SINOPSE
Anos e anos à espera do Tal, e agora aparecem 203 de uma só vez…
Quando Lauren regressa a casa, no seu apartamento em Londres, é recebida à porta por Michael, que diz ser seu marido. Só há um problema: ela não é casada. Lauren nunca viu aquele homem na vida, mas, de acordo com as amigas, com as fotografias no telemóvel e com os seus documentos, eles estão juntos há anos.
Enquanto Lauren tenta perceber como pode estar casada com alguém que não se lembra de ter conhecido, Michael vai ao sótão mudar uma lâmpada e desaparece. No seu lugar, surge um novo marido, e uma nova vida, ligeiramente alterada, volta a formar-se em torno dela.
Ao aperceber-se de que o seu sótão lhe está a criar uma fonte infinita de maridos, Lauren confronta-se com a questão: Se trocar de marido é tão fácil como mudar uma lâmpada, como é que se sabe que o que se tem agora é suficientemente bom? Quando se deve parar para começar a viver de facto?