É BOM PORQUE
Já tinha visto a capa em listas de best-sellers, mas fui para este livro sem saber nada dele, o que foi uma surpresa arrebatadora. Narrado como se fosse uma espécie de caso de estudo ou um documentário (que o torna uma leitura absolutamente original e, ao mesmo tempo, cativante), acompanhamos a vida de Kim Jiyoung entre os anos 80 e os dias de hoje. Neste livro que explora a misoginia da Coreia do Sul e se tornou um fenómeno de vendas, a autora fala-nos das normas sexistas que controlam o mundo e que nos mostram que não importa de onde vimos, todas nós, mulheres, já passámos por algumas das coisas narradas. É impossível não sentirmos uma espécie de déjà vu quando percebemos que a Kim Jiyoung é um arquétipo criado pela autora com mestria e sentido de humor. E o final... O FINAL!!! Tive de ler duas vezes, pousar o livro, refletir e pensar: porra! Um livro obrigatório para toda a gente, sobretudo para os leitores homens!
Kim Jiyoung, nascida em 1982 de Cho Nam-Joo
PONTOS A FAVOR
🏆 Tornou-se um best-seller coreano
🗣️ Narrado em forma de documentário
✊🏽 Crítica social, machismo, sociedade patriarcal
⏰ Leitura galopante
SINOPSE
Nomeado para National Book Award (Literatura Traduzida)
Quem é Kim Jiyoung?
Kim Jiyoung é uma menina nascida de uma mãe cujos sogros queriam um menino. Kim Jiyoung é uma irmã obrigada a dividir um quarto enquanto seu irmão fica com um só para ele.
Kim Jiyoung é uma mulher perseguida por professores do sexo masculino na escola.
Kim Jiyoung é uma filha cujo pai a culpa quando ela é assediada na rua, à noite. Kim Jiyoung é uma boa aluna que não recebe qualquer referência para estágios. Kim Jiyoung é uma funcionária modelo, mas é esquecida nas promoções. Kim Jiyoung é uma esposa que abdica da sua independência por uma vida doméstica.
Kim Jiyoung começou a agir de forma estranha.
Kim Jiyoung está deprimida.
Kim Jiyoung é todas as mulheres.