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É BOM PORQUE

 

Que livro tão emocionante, simples, melancólico, eu diria até corriqueiro, no sentido em que lemos pequenos episódios da vida dos irmãos, mas é nessa mundanidade que os vamos conhecer, chorar, refletir, sofrer e viver com eles. Narrado pela irmã, acompanhamos todas as suas reflexões sobre o que terá feito com que o seu irmão gémeo se suicidasse. Com capítulos curtos, como pequenas vinhetas da vida deles, temas pesados como depressão, suicídio, identidade, luto, saúde mental ou solidão são-nos trazidos com muita sensibilidade e empatia por parte da autora, ao ponto em que às tantas senti que estava a ler um relato não-ficção porque esta narradora é profundamente humana e consciente das suas falhas e problemas de saúde mental também (tem 142 camisolas de lã, que coleciona e lhe dão conforto). Claro que é um livro pesado, mas tem também pequenos momentos de muito humor na relação entre os irmãos e o que mais gostei foi de experienciar a complexidade das relações entre gémeos, a forma como eles se amam, também se sufocam, mas também não sabem viver um sem o outro, numa relação de repulsa, co-dependência e incapacidade de superar verdadeiramente a distância entre os dois enquanto tentam encontrar uma individualidade. E quando a pessoa que é uma outra parte de nós tira a própria vida, o que resta da nossa? Uma leitura inesperadamente inesquecível. 

Aquilo em que Preferia Não Pensar de Jente Posthuma

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  • PONTOS A FAVOR

    🗣️ Incentivo ao diálogo: saúde mental, depressão, suicídio, solidão, luto

    📚 Capítulos pequenos e de leitura rápida

    ✊🏽 Relação entre irmãos gémeos

    🇳🇱 Autora Holandesa

  • SINOPSE

    Ela coleciona camisolas. Ele tem dois gatos. Ambos adoram Nova Iorque e, aconteça o que acontecer, hão de mudar-se para lá quando fizerem 28 anos. Porém, de repente, ele diz que quer passar algum tempo sozinho. E se uma das metades de um par de gémeos não quiser continuar a viver? E se a outra não conseguir viver sem essa metade? É esta a questão central do presente romance, em que a narradora é a gémea de um rapaz que se suicidou e relembra muitas histórias de infância e também as suas vidas adultas com mágoa, saudade, raiva e insegurança em relação ao futuro.

    De uma maneira aparentemente desprendida mas muito perspicaz, Aquilo em que Preferia Não Pensar conta a história do que acontece quando a pessoa com quem construímos as bases de toda uma vida desaparece subitamente, e as memórias que restam são as de um pai que já era ausente antes de ter morrido e de uma mãe geóloga, fria como uma pedra.

    Finalista do Booker Prize Internacional, traduzido em mais de uma dezena de línguas, o romance de Jente Posthuma é uma exploração comovente do luto, contada através de episódios breves e cirúrgicos, impregnados de uma suave melancolia e, o que é surpreendente, de um humor inesperado e corrosivo.

    Um livro que se debruça também sobre o facto de a saúde mental depender tantas vezes da vida familiar.

  • CRÍTICAS

    O que faz com que este livro se destaque entre os romances sobre luto comuns é a sua autenticidade absoluta. Posthuma associa, filosofa, liga memórias a ações cotidianas, recorre a filmes e séries de televisão e tenta interpretar a vida de forma lacónica, leve e incisiva.
    —The Telegraph

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