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É BOM PORQUE
Foi dos livros mais fascinantes que li este ano e merece tudo o que já ganhou, incluindo o Women's Prize for Fiction 2022. Não sendo uma leitura para toda a gente, bem sei, é daquelas que recomendo por ser um livro que, falando sobre luto e morte, tem um sentido de humor delicioso e nos fala de livros, de vida, de morte, de filosofia, de solidão e, claro, o conforto dos livros que, de alguma forma, salvam esta família. Depois da morte do pai, Benny e a mãe fazem o seu luto de formas diferentes: Benny começa a ouvir vozes dos objetos em casa mas Anabelle, a mãe, torna-se acumuladora e a casa vai ganhando mais e mais e mais objetos que falam mais e mais e mais com Benny, levando-o ao único sítio onde encontra conforto e silêncio: a biblioteca. Há ainda um Livro, o Livro da vida de Benny, que relata o seu passado e presente e que interage com Benny e tenta ensiná-lo a narrar-nos a sua própria história, fazendo com que Benny e o Livro discutam perante nós, os leitores. No final, a questão que mais importa é: o que é que é real? É uma leitura mágica, filosófica mas com tanto, tanto humor em todas as personagens que vão interagindo com Benny e com Anabelle, que é daqueles livros em que cada leitor vai ter a sua própria experiência. É um livro que faz uma ode aos livros e ao seu poderoso poder de cura e conforto, mas também ao amor, ao amor de uma mãe e ao amor que encontramos nas pessoas que nos compreendem. LIVRO DA VIDA!
O Livro da Forma e do Vazio de Ruth Ozeki
PONTOS A FAVOR
🏆 Vencedor Women's Prize for Fiction 2022
🗣 Temas imporntates: luto, saúde mental, drogas, solidão
📚 Livro que faz uma ode aos livros e ao seu poder na nossa vida
⏰ Leitura lenta com + 500 páginas
SINOPSE
Benny Oh, um adolescente de treze anos, começa a ouvir vozes um ano depois da morte do seu muito adorado pai, um músico de jazz. De início, pertencem às coisas que tem em casa, roupa, enfeites da Natal, comida, e Benny consegue sentir-lhes o tom, as emoções, percebendo que umas estão felizes, mas outras carregadas de sofrimento.
A mãe de Benny, entre a viuvez, as dificuldades financeiras e uma tendência para comprar e guardar coisas de que não precisa, acaba inconscientemente por intensificar as vozes que perturbam o filho, cada mais altas e intrusivas.
Benny escolhe ignorá-las, mas as vozes estas começam a segui-lo também fora de casa, pelas ruas, pela escola, acabando por conduzi-lo ao refúgio da biblioteca pública, onde os objetos são mais educados, respeitando silêncios. Aí, Benny descobre um novo mundo, apaixonando-se por uma hipnótica artista e conhecendo um vagabundo filósofo que o encoraja a fazer as perguntas certas.
Ah! E Benny descobre ainda o seu próprio Livro — mais uma coisa que fala —, que lhe narra a vida e o ensina a ouvir apenas o que realmente importa e a descobrir a sua própria voz na inevitável dureza do caminho.