É BOM PORQUE
Inspirado nos assassinatos reais de duas raparigas de uma república por Ted Bundy nos anos 70 (que aqui nunca tem nome precisamente porque são as vítimas que merecem nome e não o assassino que é sempre chamado de O Arguido), este livro extraordinário é-nos contado por Pamela, a única pessoa que o viu e que se torna a testemunha-chave. A partir daquela noite em que Pamela ouviu barulhos, desceu as escadas e encontrou as colegas assassinadas, a história começa a saltar no tempo, entre aquela noite e o presente, 40 anos depois. Nos dias a seguir ao crime, Pamela conhece Martina, uma mulher que viaja até lá porque sabe quem é o assassino — o mesmo que, anos antes, matou a sua amiga Ruth. A história interliga-se então entre Pamela, Martina e Ruth, para trás e para a frente, enquanto as duas fazem a sua própria investigação quando toda a gente lhes falha — a polícia, a imprensa, o tribunal. É um livro que surpreende, que emociona, que nos dá raiva, que cria uma tensão consistente e uma corrente de suspense que percorre toda a história, mas que nunca se torna sensacionalista. O título original Bright Young Women é inspirado nas palavras do juíz da Florida que chamou Ted Bundy de “a bright young man”, porque na verdade são as mulheres aqui que são brilhantes. Este é um livro sobre a incompetência masculina que pauta muitos dos casos de violência contra as mulheres e também uma crítica ao sensacionalismo dos media que tornou muitos serial killers em personagens gloriosas, místicas e brilhantes. Impossível parar de ler, um livro fantástico!
Raparigas Brilhantes de Jessica Knoll
PONTOS A FAVOR
🗣️ Incentivo ao diálogo: violência contra as mulheres, obsessão com os serial killers, incompetência masculina
⌛️ Saltos temporais ao longo de 40 anos
🕵🏻♀️ Crítica social ao sensacionalismo americano em torno da violência contra as mulheres
😱 Inspirado no assassinato de duas jovens de uma república por Ted Bundy
SINOPSE
Janeiro de 1978. É sábado à noite e, apesar do ambiente de festas e animação, Pamela Schumacher prefere ficar por casa, no campus da Universidade Estadual da Florida, onde vive e é presidente da irmandade. Está longe de imaginar que, horas depois, a sua vida mudaria para sempre… Durante a madrugada, Pamela acorda sobressaltada por barulhos estranhos e, quando se levanta para investigar, depara com uma cena de extrema violência: duas colegas estão mortas e outras duas mutiladas.
Nos dias que se seguem, Pamela torna-se a testemunha-chave de um mistério que cativaria o interesse do público durante mais de quatro décadas. Do outro lado do país, em Seattle, e após anos de dificuldades, Tina Cannon encontra, finalmente, a paz que procurava.
Até que a sua amiga Ruth Wachowsky desaparece num parque, em plena luz do dia. ao saber da tragédia no campus da universidade na Florida, Tina convence-se de que o autor do crime e o responsável pelo desaparecimento de Ruth são uma e a mesma pessoa: o homem a quem os média chamam o Assassino Sexual Tipicamente Norte-Americano.
Determinadas a fazer justiça, Tina e Pamela unem forças numa investigação meticulosa, e a busca pelas respostas que procuram irá conduzi-las a um confronto final e… chocante. São raparigas brilhantes e corajosas que querem apagar o brilho de quem nunca o mereceu.CRÍTICAS
Um thriller alucinante baseado nos crimes hediondos de Ted Bundy e uma análise incisiva da obsessão da nossa cultura por assassinos em série e true crime.
— Harper's Bazaar
Raparigas Brilhantes não se centra no assassino. Interessa-se mais pelas suas vítimas e pelos sobreviventes que têm a missão de o apanhar antes que ele volte a matar.
— TIME Magazine
Impressionante... O resultado é magistral.
— Publisher's Weekly
