O Poder de Naomi Alderman foi dos livros mais intrigantes que li no ano passado. É polémico, talvez exagerado, mas não deixa de ser uma reflexão sobre a sociedade. Aqui, acompanhamos uma reviravolta em que, subitamente, as mulheres ganham um poder, uma espécie de órgão, que as faz gerar eletricidade. Desta forma, um pouco por todo o mundo, mulheres de todas as idades vão ganhando o controlo que, até então, nos foi negado, colocando os homens numa posição de medo e inferioridade e levando a guerras e revoluções. Esta história é focada em algumas personagens e o seu uso deste poder na luta pela transformação do mundo. Mas o que mais me fez refletir foi no que o medo e a ânsia por liberdade fazem aos seres humanos porque, afinal, a História foi escrita em torno do poder dos homens mas… e se esse poder tivesse sido das mulheres? Teria a História da humanidade sido diferente?
O Poder de Naomi Alderman
PONTOS A FAVOR
💥 Fantasia e distopia
✊🏽 Feminista
🗣 Incentivo ao diálogo
💪🏼 Polémico, exagerado mas reflexivo
SINOPSE
Quando as raparigas ganham o poder de causar sofrimento e morte, quais serão as consequências?
E se, um dia, as raparigas ganhassem subitamente o estranho poder de infligir dor excruciante e morte? De magoar, torturar e matar? Quando o mundo se depara com esse estranho fenómeno, a sociedade tal como a conhecemos desmorona e os papéis são invertidos. Ser mulher torna-se sinónimo de poder e força, ao passo que os homens passam a ter medo de andar na rua, sozinhos à noite.
Ao narrar as histórias de várias protagonistas, de múltiplas origens e estatutos diferentes, Naomi Alderman constrói um romance extraordinário que explora os efeitos devastadores desta reviravolta da natureza, o seu impacto na sociedade e a forma como expõe as desigualdades do mundo contemporâneo.«Eletrificante! Chocante! Vai abalar o seu mundo! E depois vai fazê-lo questionar tudo.»
Margaret Atwood