É BOM PORQUE
Uma leitura que dói, porque a linguagem do amor também é a dor, queremos compartilhar a nossa dor com quem amamos. Neste livro-golfada de ar depois de um afogamento, a autora reflete sobre a sua infância, as irmãs, a vida da mãe, a perda da mãe, o abuso que nunca lhe contou e que lhe criou um silêncio absurdo e inominável, as dores acumuladas, as dores que nós mulheres passamos pelo sangue umas às outras e que nos dizem que é melhor não contar. Este é um livro que me rasgou e mais uma vez trago para o Book Gang uma leitura reflexiva sobre abuso e sobrevivência porque é imprescindível falar sobre isso, ler sobre isso, gritar sobre isso.
Melhor Não Contar de Tatiana Salem Levy
PONTOS A FAVOR
🗣️ Incentivo ao diálogo: luto, família, traumas geracionais, maternidade
🥲 Não-ficção
📚 Autora que já tem outro livro no Book Gang
🇧🇷 Autora luso-brasileira
SINOPSE
Tatiana, a autora e narradora deste livro, decide enfrentar os seus demónios interiores, expondo os episódios que a marcaram enquanto filha, irmã, amante e mulher. Da relação com a mãe e choque pela sua morte prematura, ao terrível segredo sobre o padrasto, do trauma de uma interrupção voluntária da gravidez à profunda solidão provocada por todos estes acontecimentos, nada fica por contar.
Um relato da intimidade tornado literatura através de uma escrita visceral e consciente de si mesma que transforma a experiência pessoal em coletiva e prende o leitor à página, ansiando, na melhor tradição do romance, pelo desfecho da narrativa.
