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É BOM PORQUE

 

Li este livro formidável em dois dias, não sabia nada da história e mal li o primeiro capítulo já estava presa e a desejar cada segundo livre para ler mais um pouco. Narrado por Gaia (cujo nome real só conhecemos no fim) desde a sua infância até à entrada na vida adulta, acompanhamos a mudança da família para a província italiana, a pobreza, a solidão e a voz da nossa protagonista cada vez mais raivosa e frágil, que por vezes nos parece repulsiva e maléfica (das melhores protagonistas que li nos últimos tempos!), e vamos conhecer os laços que ela vai criar e cortar, como se vai defender sozinha, crescer, tornar-se dura como pedra, amadurecer. É impossível não comparar este romance ao primeiro da saga de Elena Ferrante, A Amiga Genial, todo o ambiente social e da época, as lutas de classes, e as jovens vozes do grupo de personagens memoráveis que nos contam esta história. Tem partes com bastante sentido de humor, outras cruas e revoltantes, um grande, grande romance inesquecível.

A Água do Lago Nunca É Doce de Giulia Caminito

17,90 € Preço normal
16,11 €Preço promocional
  • PONTOS A FAVOR

    🗣️ Incentivo ao diálogo: luto, diferenças sociais, pobreza, amizade

    😍 Para os leitores de A Amiga Genial

    🇮🇹 Autora italiana

    ⏰ Leitura arrebatadora, impossível parar de ler

  • SINOPSE

    Gaia nasce e cresce pobre, ao lado dos marginalizados, dos que não importam, dos que nada têm. Aos seis anos mora num subúrbio problemático de Roma. Partilha uma casa minúscula com a mãe, Antonia, uma ruiva otimista e forte, o pai, que trabalhava nas obras até cair de um andaime e ficar paralítico, e os três irmãos. o mais velho, Mariano, é de um pai diferente, e os gémeos, mais novos, dormem num caixote de cartão.

    É com esperança num futuro melhor que a família se muda para um apartamento a trinta quilómetros da capital italiana, perto do lago Bracciano. Mas a nova morada revela-se igualmente hostil para Gaia, que ali se vai fazendo mulher, enfrentando diariamente uma vida que a agride e dececiona - ao ponto de lhe matar a capacidade de sonhar, ou pelo menos de desejar "não ser menos do que ninguém", como a sua mãe insiste em repetir.

    Ao contrário de Antonia, que carrega o mundo aos ombros sem nunca esmorecer, Gaia enfrenta a pobreza e a humilhação com sucessivas vagas de ódio - contra tudo e todos, até contra si própria, que a afastam de qualquer hipótese de fuga ou redenção. Em A Água do Lago Nunca É Doce, finalista do prémio Strega 2021, Giulia Caminito escreve sem rodeios sobre uma realidade incómoda. Num estilo ousado, direto e austero, expõe as hipocrisias da sociedade através de uma protagonista inquietante, cuja fúria parece capaz de rasgar o cenário de águas turvas, onde ela, e muitos outros, anónimos, (ainda) sobrevivem.

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